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Barão de Coubertin

 

Em meados do século 19 iniciaram-se investigações arqueológicas para achar a cidade perdida de Olímpia. Ela foi arrasada por um terremoto que deixou suas ruínas encobertas por lama e pedra, no século VI. O alemão J. J. Wincklemann, em 1870, iniciou várias escavações na Grécia e em 1871, detectou vestígios de ruínas gregas. Quatro anos depois, os arqueólogos britânicos encontraram Olímpia. A notícia se espalhou pela Europa e despertou um interesse pela vida da sociedade grega.

O francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, era um apaixonado por jogos e ficou fascinado com o comportamento dos gregos, que paravam suas guerras para participar dos Jogos Olímpicos. Coubertin então imaginou que uma versão moderna dos jogos faria com que a Europa renunciasse a uma guerra. Ficou convencido da idéia depois que assistiu aos Jogos Pan-Helênicos, em 1889. Esses jogos foram patrocinados por um milionário ateniense, major Evangelios Zapas, de 1870 a 1889, reunindo sempre 20 mil espectadores. O Barão levou seu projeto a nobres, universidades e ao governo francês, que comprou a idéia e patrocinou suas viagens de divulgação da proposta pelo mundo.

Repetindo um lema inspirado numa frase que escutara de um bispo norte-americano - "O importante não é vencer, mas competir" - o francês foi aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Prússia. Não obteve sucesso em suas primeiras visitas. Só em 1894 ele conseguiu reunir representantes de várias nações em uma pré-convenção olímpica, na Universidade de Sorbonne, em Paris. Dos 34 presentes, apenas 13 assinaram um compromisso formal garantindo a participação de seus países na Olimpíada de 1896. O rei da Grécia, George I, permitiu que Atenas sediasse o evento. A Grécia passava por uma crise e os gastos com a organização foram bancados por um milionário grego, o arquiteto Georgios Averoff, indicado por um descendente dos helenos, Dimetrius Vikelas.

As Olimpíadas ocorreram durante a primavera na Europa. No dia 6 de abril de 1896, estavam presentes 285 atletas representando 13 países. O sucesso do evento atraiu mais nações e estimulou Coubertin a criar o Comitê Olímpico Internacional (COI). O Barão foi presidente do COI por 29 anos. Ele morreu pobre e doente em Genebra, na Suiça, em 1937, aos 74 anos. Seu coração foi enterrado em Olímpia, onde tudo começou.